- Diario de Pernambuco
Publicação: 10/06/2014
Fotos: Ricardo Fernandes e Guilherme Veríssimo/DP/D.A Press |
Além de Cláudio Júnior, o pai dele, o médico Cláudio Amaro Gomes, 57, também está preso no Centro de Triagem. Júnior é apontado como um dos executores e seu pai seria o mandante do assassinato ocorrido no dia 12 de maio. Ontem, a viúva de Artur falou sobre o caso e disse que o marido pretendia processar Cláudio Gomes por assédio moral. Carla Azevedo falou com os jornalistas acompanhada dos advogados Ademar Rigueira e Daniel Lima, no escritório deles, no Parnamirim.
No dia em que o corpo de Artur Eugênio de Azevedo foi encontrado, em Jaboatão, a polícia já tinha em mãos o nome do principal suspeito, o médico Cláudio Gomes. Diante das informações colhidas entre familiares e colegas de trabalho, foi solicitada à Justiça a quebra de sigilo telefônico e bancário dele. Na noite do crime, entre a hora em que a vítima deixou o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) e o momento da execução, pai e filho se falaram pelo menos duas vezes por telefones celulares. Além disso, Cláudio Júnior foi flagrado pelas câmeras do HCP, de onde seguiu Artur até o prédio dele, em Boa Viagem, onde também foi filmado.
Ontem, o delegado Guilherme Caraciolo ouviu novas testemunhas, mas afirmou que não comentaria de quem se tratava porque elas estão sendo ameaçadas. “Só falarei quando forem presos os suspeitos de executarem o médico. Também pretendo fazer uma reconstituição quando isso acontecer”, afirmou o delegado.
O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Marco Maggi negou ontem o pedido de habeas corpus feito no fim de semana pelos advogados do médico Cláudio Gomes. Em sua decisão, Maggi ainda manteve a prisão temporária do cirurgião. A defesa vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda nesta semana.
Quanto a Cláudio Júnior, a Justiça concedeu o relaxamento da prisão dele pela autuação em flagrante pela posse de arma de fogo. Porém, como há o mandado de prisão temporária relacionado à morte do cirurgião, ele continuará no Cotel. O médico e o filho estão sendo investigados por sequestro, homicídio, roubo e associação criminosa.
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