Jornalista japonês evangélico será decapitado pelo Estado Islâmico
Após a execução de dois russos por uma criança de 10 anos, O grupo terrorista Estado Islâmico voltou a exibir vídeos falando sobre a decapitação de reféns.
Os jornalistas Haruna Yukawa e Kenji Goto Jogo aparecem ajoelhados, vestindo o macacão laranja comum dos vídeos do EI. As ameaças são efetuadas por um soldado muçulmano que exige 200 milhões de dólares do governo japonês para liberar os dois. Segundo a imprensa japonesa, Yukawa, foi capturado em agosto do ano passado, enquanto Jogo está preso desde outubro.
A divulgação do vídeo causou comoção no Japão, país que até agora não está envolvido na coalizão que combate o EI na Síria e no Iraque. “A comunidade internacional precisa responder com firmeza e cooperar sem ceder ao terrorismo”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe.
Outro aspecto que chama atenção são as campanhas de oração feitas por eles em um país onde o cristianismo é minoria. O principal motivador é o fato de Kenji ser cristão e membro da Igreja Unida de Cristo, maior denominação evangélica do Japão, com cerca de 200.000 membros.
Batizado na década de 1990, a fé tem influenciado a carreira do jornalista, que tem se dedicado nos últimos anos a mostrar a vida de pessoas socialmente vulneráveis no Oriente Médio. Jornalista freelance, criou a empresa de produção de vídeo Independent Press e tiveram grande projeção em canais japoneses. Hiroshi Tamura, pastor de Jogo afirma que ele é um cristão de “convicção firme” e que seu trabalho possui “um forte senso de justiça, especialmente em favor das crianças”.
Segundo o Estado Islâmico, se o governo japonês não pagar o valor do resgate, os reféns serão executados nesta sexta-feira. Oficialmente, os japoneses afirmaram que não negociam com terroristas. A morte dos jornalistas poderá marcar a entrada do Japão na coalizão de combate do EI, formada atualmente por Estados Unidos, França, Reino Unido, Canadá, Austrália, Dinamarca, Bélgica, Jordânia e Catar. Com informações Christian Today e IB Times
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