Renato Duque diz que recebeu R$ 1,6 milhão da UTCEm depoimento prestado à PF, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, afirmou que recebeu, no ano passado, R$ 1,6 milhão da UTC Engenharia, uma das empreiteiras integrantes do cartel montado na estatal
Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo |
Em depoimento prestado à Polícia Federal, em Curitiba, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, afirmou que recebeu, no ano passado, R$ 1,6 milhão da UTC Engenharia, uma das empreiteiras integrantes do cartel montado na estatal. Duque alega que o recurso, recebido “em vários pagamentos de menor valor”, refere-se a um serviço de consultoria prestado à empresa em questão. Ele contou que auxiliou a UTC “no processo para que ela se capacitasse a participar como operadora na área de Floatin Production Storage Offloading”. Conforme as informações prestadas, o valor foi depositado na conta da D3TM - Consultoria e Participações depois de emissão de nota fiscal.
Duque disse que conhecia o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em prisão domiciliar, desde 1988. Ele ressaltou que Costa “não pediu para sair” da Petrobras, no entanto, “foi instado a solicitar a renúncia”. O ex-diretor negou conhecer o doleiro Alberto Youssef, um dos líderes da organização criminosa que movimentou R$ 10 bilhões.
Ele informou que conhece o tesoureiro do PT João Vaccari Neto desde 2010. Duque salientou que “criou uma empatia e, por conta da amizade, passou a manter encontros com o mesmo sempre de cunho social por ser pessoa agradável para o convívio”. De acordo com Duque, a maioria das conversas com Vaccari ocorria em jantares no Rio de Janeiro e em São Paulo. O ex-diretor disse que não orientou o empresário Augusto Mendonça Ribeiro, da Toyo Setal, a procurar o tesoureiro do PT para tratar de doações eleitorais.
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