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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

AGRICULTOR CONSTRÓI TÚMULO NO QUINTAL DE CASA, NO SERTÃO DE PERNAMBUCO.

AGRICULTOR CONSTRÓI TÚMULO NO QUINTAL DE CASA, NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Miguel Vicente, o Dezinho, pediu empréstimo de R$4 mil para fazer túmulo.
Moradores da cidade estranham a ideia, mas local já atrai visitantes.
O agricultor Miguel Vicente Carvalho, de 83 anos, mais conhecido como 'Seu Dezinho' construiu um túmulo no quintal de casa. A iniciativa incomum causou espanto para os moradores da Zona Rural do município de Cedro, no Sertão do Araripe, em Pernambuco.
O local ficou famoso e os moradores da localidade, mesmo com medo, chegam a visitar o túmulo. A professora Juliana Nogueira acredita que o investimento é bem diferente. “É diferente, né? Meio estranho. Não queria um perto de minha casa não”, destaca. Já os vizinhos também não acham a construção uma boa ideia. “Assusta um pouco, por hora não. Mas, quando enterrar gente, assusta mesmo”, relata o agricultor Pedro de Souza.(continua...)O 'Dezinho' mora desde a juventude no interior de Cedro. Na sua propriedade, ele tem um poço de onde tira água e cultiva vários tipos de fruteiras e cria animais. Devido seu apego ao Sítio Barro Branco, ele não quer sair da sua moradia. “Resolvi construir o túmulo aqui para ficar de olho na plantação. Foi só o sistema que eu fiz, mas se não cuidarem é problema de quem fica”, enfatiza.
O túmulo possui duas gavetas e fica há poucos metros da casa do agricultor. Para construir a moradia eterna, como seu Dezinho chama o túmulo, ele pegou R$4 mil reais emprestados no banco. A construção está pronta há quatro anos. Com objetivo de manter intacta a construção, ele varre a área e lava o túmulo toda semana.
A construção já foi motivo até de discórdia na família. “Eu vou te contar que um genro meu quando eu fiz esse túmulo disse que como era herança, depois que eu morresse colocaria uma máquina para passar por cima”, conta Dezinho.
A maior parte da família de seu Dezinho até estranhou a ideia no começo, mas agora quer ser enterrado por aqui mesmo. “Depois que a gente viu que ele ia fazer, a gente começou a gostar da ideia e depois de feito, a família em peso quer ser enterrada aqui”, revela a dona de casa Nilma Carvalho.
Embora seu Dezinho já tenha construído o túmulo, ele destaca que não tem pressa para fazer a mudança. “Eu fiz pra ir para ali. Mas, não é amanhã ou depois. É no dia que Deus consentir”, argumenta Dezinho.
De acordo com a lei municipal, tanto na área urbana como na rural, túmulos e cemitérios só podem ser construídos em áreas regulamentadas. No caso de seu Dezinho, mesmo o túmulo estando no terreno de sua propriedade, não é permitido.
Em Cedro só existe um cemitério e o agricultor informou que quer conversar com a Prefeitura do município para ceder a área onde está seu túmulo para ser um cemitério para atender a comunidade rural local.(G1 PE)

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