O Pacto pela Vida, novamente, se mostra um programa ultrapassado, cheio de falhas. O programa, que deveria não só priorizar a repressão, mas também a prevenção, deixa de lado princípios fundamentais. Enquanto a preocupação, durante os últimos dez anos, foi em reduzir números da violência a partir de operações para prender quadrilhas, presídios e unidades da Funase se tornaram superlotadas – virando verdadeiros campos de concentração prestes a explodir.
Não foi diferente em Vitória de Santo Antão – inaugurada há pouco mais de três anos. Definida como “modelo”, a unidade, hoje, representa mais um investimento falho e que não ressocializa. Pelo contrário. Dá espaço para adolescentes que praticaram pequenos delitos, como roubo de celular, aprenderem a se especializar no mundo do crime. Assim como acontecem em presídios do Estado, os garotos comandam celas, pavilhões. Tudo com pleno apoio dos agentes socioeducativos, que, sem armas nem equipamentos de segurança, nada podem fazer. Ou liberam, ou podem ser as próximas vítimas. É mais um clichê: “É um salve-se quem puder”. Até quando?
Via: Blog do Ronda JC
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