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quarta-feira, 26 de março de 2014

Opinião: Síndrome de Neymar atrapalha molecada da base no Brasil.

Opinião: Síndrome de Neymar atrapalha molecada da base no Brasil

Emerson Palmieri, Neílton e Luis Felipe são os casos mais recentes a dar problemas
Você sabe quem é Emerson Palmieri? Não? O jogador tem no currículo um título de Copa São Paulo, o fato de ser reserva da lateral esquerda do Santos e um pedido exorbitante de salários para continuar na Vila Belmiro. De quem é a culpa? Do efeito Neymar.
Neymar deixou um legado e tanto para os dirigentes do Brasil tomarem conta. Depois de surgir como prodígio e receber salários superiores aos R$ 30 mil mensais já aos 14 anos, o hoje atacante do Barcelona acabou criando um pepino de proporções gigantescas para o futebol brasileiro.
A busca por novos craques nas fileiras de base dos principais clubes do País, somada à falta de noção de pais, empresários e, às vezes, dirigentes, está causando um fenômeno perigoso. Se não forem tomadas as devidas precauções, isso pode aumentar ainda mais a já delicada situação financeira dos times de futebol.
Depois de Luis Felipe, lateral-direito que surgiu bem na base palmeirense, mas ainda não passa de uma promessa, e de Neílton, apelidado de novo Neymar por sua semelhança física com o craque, estagnarem as renovações contratuais com Palmeiras e Santos, respectivamente, por pedirem salários na casa dos R$ 100 mil mensais, chegou a vez de mais um "craque" (com aspas mesmo) causar confusão: Emerson Palmieri.
O jogador, que sequer conseguiu barrar o limitado Mena no Santos e tomar definitivamente a camisa 3 das mãos do chileno, deve ser o próximo Menino da Vila a deixar o clube. Seu vínculo está no fim e, para renovar contrato, o lateral pediu R$ 120 mil por mês, oferta prontamente negada pela direção do Peixe.
Se Neílton, Luis Felipe e Emerson Palmieri têm potencial para se tornarem titulares de seus clubes e até da seleção, não se sabe, mas que as diretorias de Palmeiras e Santos acertaram ao não ceder às pressões de empresários gananciosos e fora da realidade brasileira, isso também é fato.

* Paulo Amaral é editor de Esportes do R7 e favorável à valorização dos jovens jogadores, mas dentro de uma realidade que não transforme qualquer bom atleta em novo milionário do dia para a noite

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