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terça-feira, 2 de maio de 2017

POLÍCIA DIZ QUE SAUDITA E IRAQUIANO PRESOS NO NORDESTE SÃO SUSPEITOS DE LIGAÇÃO COM GRUPOS TERRORISTAS.


O árabe e o iraquiano presos na semana passada em João Pessoa são suspeitos de ligação com grupos terroristas ou associações criminosas de cunho extremista, disse o delegado de Defraudações e Falsificações, Lucas Sá. A suspeita surgiu a partir da análise prévia do material encontrado nos aparelhos celulares dos dois, que têm 41 e 43 anos, incluindo grupos de troca de mensagens com membros de grupos extremistas, vídeos de execuções, fotos de ataques terroristas e de treinamentos de grupos extremistas.

A dupla foi presa junto com um paulista, todos suspeitos de integrarem uma organização especializada na falsificação de documentos para estrangeiros. Os documentos eram emitidos sobretudo para sírios e seriam usados para imigração ilegal para os Estados Unidos e para a Europa. De acordo com o delegado de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, Lucas Sá, o grupo utilizava documentos falsos para conseguir o passaporte brasileiro por ter bom reconhecimento por países da Europa e os EUA.

A investigação identificou que um deles movimentou cerca de 20 milhões de dólares, o que equivale a cerca de R$ 61 milhões. “Os vídeos e conversas [em árabe] vão ser levados para tradução, para saber do que se trata”, adiantou o delegado. A Polícia Federal informou que vai iniciar processo administrativo próprio e instaurar um inquérito para investigar o terrorismo ou atividades relacionadas a grupos extremistas.

No dia da prisão, a polícia solicitou informações sobre os dois estrangeiros à Interpol e à Polícia Federal, além dos consulados da Árabia Saudita, Iraque e Estados Unidos. “Solicitamos um levantamento completo, para saber se tinham ligação com terrorismo”, disse Lucas Sá. A Interpol ainda não retornou o contato, mas as polícias Civil e Federal também vão continuar fazendo levantamentos.

As investigações identificaram o árabe é empresário do ramo da construção civil e movimenta cerca de U$ 1 milhão de dólares por mês. Há também movimentações que chegam a U$ 20 milhões de dólares, com contas registradas na Árabia Saudita, Turquia e Inglaterra.

A polícia ainda não identificou a intenção da vinda do grupo ao Brasil, já que eles não falam desde que foram presos e informaram que só vão se pronunciar diante de advogados. “Tem indícios de atuação terrorista. Muitos vídeos deles falando, dando declarações, todos paramentados [com vestimenta típicas de grupo extremista]”, completou.

CRIME FINANCEIRO OU TERRORISMO?

A polícia trabalha com duas linhas de investigação: crime financeiro ou relação com terrorismo. No primeiro caso, o grupo atuaria com falsificação de documentos para trazer árabes para o Brasil. Já no segundo, eles teriam alguma relação com o terrorismo, e visavam conseguir passaportes brasileiros com intenção de entrar em outros países.


A audiência de custódia da dupla estrangeira seria na semana passada, mas a defesa solicitou a presença de tradutores junto ao Consulado da Arábia Saudita e, com isso, a audiência foi adiada para a tarde desta terça-feira

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