O MELHOR BLOG DO AGRESTE

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

ENF. JULIANA CAVALCANTE RESPONDEU ÀS ACUSAÇÕES FEITAS POR VEREADORA ANA DE MANEZINHO.




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Eu, Juliana Cavalcante Miranda venho identificar-me como a enfermeira a qual a vereadora Ana se dirigiu ao postar no blog de Wellington Freitas, uma matéria a qual ela chamou de DESABAFO E ABSURDO. Faço questão de identificar-me, pois tenho bons antecedentes na região como enfermeira e um nome a zelar, além do que, quem não deve, não teme. Estando aqui destemida de todas as acusações, quero inicialmente dizer, que tenho 13 anos de profissão, sou formada pela Universidade de Pernambuco, uma das mais bem conceituadas Universidades que formam enfermeiros no Brasil, Pós-graduada em Programa de Saúde da Família pela FACISA, em Enfermagem do Trabalho pela FATEC INTERNACIONAL e qualificada em diversos cursos durante toda trajetória profissional.
Já trabalhei em vários municípios da região, inclusive quando recém formada de 2002 à 2004 aqui no município de Saloá, no Governo do ex-prefeito Sr. Rivaldo Alves e recentemente no município de Iati de 2009 à 2012, onde meu trabalho foi reconhecido e fui solicitada para assumir a Coordenação da Atenção Básica, sem para isto ter qualquer vínculo político com o município. Diante de toda esta bagagem, nunca havia me deparado com tal situação na qual passei na noite do dia 07 de abril, enquanto estava de plantão na Unidade Mista Josina Godoy, onde grande parte dos funcionários presenciaram o descontrole emocional, a exaltação e o tom de voz agressivo da vereadora Ana ao dirigir-se a minha pessoa.
Irei descrever todo ocorrido para melhor entendimento, onde para isso tenho testemunhas, não só os funcionários do hospital, mas pessoas que estavam no momento por algum outro motivo. O plantão da terça-feira é muito estressante e corrido, devido à preferência e empatia que a população de Saloá tem pelo médico de plantão. A enfermagem trabalha muito, até chegar à exaustão, onde não temos hora para nos alimentar, realizar nossa higiene pessoal e repousar, que é um direito legítimo de todos que trabalham e todo ser humano, pois em todo trabalho o profissional tem o direito de descanso, respaldado na Sessão III Art. 71 do DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Muitas vezes, ficamos até altas horas fazendo serviços burocráticos de anotações em prontuários, formulários e livros, porque não tivemos tempo de realizar estas tarefas em outro momento, devido ao grande número de atendimentos durante o dia, postergando desta forma o nosso banho, repouso, etc.
Na noite da terça-feira, dia 07 por volta das 23:30h, não sei ao certo, pois estava no banho, ouvi quando o vigilante bateu na porta do repouso de enfermagem e comunicou que havia chegado paciente, pois como havia cessado o movimento estávamos no repouso de sobreaviso, e algumas técnicas de enfermagem repousando. A técnica de enfermagem Alessandra, ao ouvir o chamado prontamente foi fazer a triagem, onde encontrou a vereadora Ana acompanhando uma mãe com seu filho. A técnica verificou a temperatura da criança, que “não” encontrava-se com febre (37°C) e nenhum risco eminente de morte. Sendo assim, pediu que aguardassem o término do banho para que eu avaliasse a criança, onde neste momento a vereadora além de desacatar a técnica de enfermagem já verbalizava, segundo testemunhas, que “eu preferia tomar banho a ter que atender uma emergência”.
Dou uma pequena pausa aqui, para esclarecer que só um profissional de saúde habilitado é capaz de fazer distinção entre uma emergência e uma urgência, e isso já havia sido realizado pela técnica de enfermagem. Eu, ao saber que havia paciente aguardando, saindo do banho, dirigir-me ao atendimento da criança, onde chegando lá fui desacatada pela vereadora, muito exaltada e com tom de voz agressivo, me questionou se o médico não viria atender, respondi que o plantão médico da terça era de 12 horas e que o mesmo já não estava mais, quando imediatamente ela não respeitou que eu já havia me posicionado para atender a criança, que já encontrava-se na maca para ser examinada e encostou o celular dela próximo a minha boca para gravar a minha fala, sem que eu desse permissão para isso, mesmo assim continuei a falar.
Ficou o tempo inteiro acuando-me para tentar me intimidar, enquanto eu examinava a criança e tomava uma conduta. O tempo inteiro a dizer que eu estava nervosa, que não entendia o motivo do meu nervosismo e duvidando de que realmente teria vindo do banho, afirmando que o vigilante teria dito que eu estava dormindo. Quero dizer que no primeiro momento, fiquei realmente nervosa e chocada, com o comportamento da vereadora Ana, e disse a mesma que como não haveria de estar nervosa, pois não tinha costume de encarar uma situação tão constrangedora de falta de respeito e desacato, que o resultado seria mesmo ficar estarrecida. Mesmo assim, sob pressão psicológica, terminei de avaliar a criança, detectei que era uma IRA (Infecção Respiratória Aguda), que segundo a mãe teria iniciado há mais ou menos 3 dias, sem procurar o serviço de saúde.
Sendo assim, constatei que não se tratava de nenhuma emergência com risco eminente de morte, que era uma Infecção Prevalente na Infância e de fácil tratamento na Atenção Básica, ou seja, no Programa de Saúde da Família (PSF). Usei meus conhecimentos sobre as Doenças Prevalentes na Infância, onde fui qualificada em um curso realizado pelo IMIP, tomei a devida conduta e expliquei a mãe da criança e a vereadora Ana, que as minhas condutas enquanto enfermeira tinham limites impostos pelo código de ética da minha profissão e que apesar da maneira que ela chegou me bombardeando, estava tentando ajudar, até além do que me era permitido.
Em seu discurso no blog, a vereadora declarou que falei grosseiramente que não tinha obrigação de atender a criança, no entanto, a criança foi devidamente atendida no limite do que compete a minha profissão e foi isso que tentei explicar para elas. Em seguida, orientei a mãe a procurar o Posto de Saúde mais próximo de sua residência para realizar o tratamento e acompanhamento com profissional médico. Enquanto era realizado todo atendimento e orientações, a vereadora o tempo inteiro fazendo questionamentos políticos e foi aí que esclareci, que se ela estivesse insatisfeita com alguma coisa, ou tivesse encontrado algo que a desagradou, que procurasse as autoridades municipais, para resolver, pois era apenas uma funcionária daquele hospital. Ao acabar o atendimento, me recolhi, ela permaneceu na recepção falando em alto e bom tom, palavras para me afrontar.
Agora, eu lhe pergunto vereadora Ana, se isso não for desacato ao funcionário público, o que será ? Talvez você ache no seu entendimento, que desacato será apenas xingamento ou agressão física. Os funcionários da Unidade Mista Josina Godoy, presentes, repudiam o seu comportamento e sua conduta com mentiras. O funcionário José Paes Alves, que exerce a função de vigilante, está indignado com tamanha calúnia, em ser declarado que o mesmo haveria dito que a enfermeira estaria dormindo, que não iria acordá-la, e que ele teria dito para a vereadora ir até o repouso de enfermagem. Nós que trabalhamos nesta Unidade, sabemos que não é desta maneira, que os vigilantes procedem.
Mesmo que estivesse de repouso, “que não era o caso”, qual seria o problema, visto que haviam outros profissionais de prontidão e até então, não havia nenhum paciente à espera de ser atendido, desta forma estaria no meu direito respaldado por Lei. Quero finalizar enfatizando, que não foi com a sua ajuda e os seus votos, como você afirmou, que sou enfermeira no município de Saloá, mas sim pelo meu esforço, estudo e dedicação a minha profissão e há quem diga, pela minha competência.
Os MÉRITOS E PRIVILÉGIOS que obtive na vida, foram conquistados e permitidos por Deus. Abaixo D’ele, houve da minha parte, muito estudo, o que está muito além do alcance da sua compreensão. 
Juliana Cavalcante de Miranda
Funcionários presentes no plantão:
José Paes Alves – Vigilante
Roberta Pâmela S. Miguel – Técnica de Enfermagem
Alessandra Melo Silva - Técnica de Enfermagem
Paula Roberta S. Miquilino – Auxiliar de Serviços Gerais
Renildo Bezerra – Motorista da Ambulância

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