Na mesma ação penal, o ex-ministro Antonio Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão. O petista foi sentenciado por supostamente supervisionar uma conta de R$ 10,2 milhões de propinas da Odebrecht, no âmbito de contratos entre construtora e a Petrobras, entre 2008 e 2013, que servia para pagamentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Os valores serão bloqueados das contas de Palocci para ressarcir a estatal.
O petista teria interferido para que a estatal contratasse o Estaleiro Enseada Paraguaçu – de propriedade da Odebrecht, da Petrobras, pelo valor de R$ 28 milhões. A propina oriunda deste termo – 0,9% do valor total – teria sido distribuída entre diretores da Petrobras, da Sete Brasil, e dois terços teriam ido parar na conta do Partido dos Trabalhadores, representado pelo então tesoureiro João Vaccari Neto. Delatores da Odebrecht ainda detalharam que a planilha “Programa Especial Italiano”, apreendida na empreiteira, se tratava de uma conta de propinas a Palocci.
Nesta ação penal, o executivo Rogério Araújo, da Odebrecht, e o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic foram absolvidos. Moro condenou, outras onze pessoas, além do ex-ministro petista e de Marcelo Odebrecht.
Ao condenar Marcelo, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que a efetividade da delação do empresário “não se discute” e que ele prestou informações e forneceu provas relevantíssimas para Justiça criminal de um grande esquema criminoso”, apesar de salientar que “parte significativa de suas declarações demande ainda corroboração”.
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