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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Floresta: População espera transposição, mas cobrança por consumo aflige



“O bicho com sede não aumenta. O cara bota uma vaca e, se não der água, ela morre. Só comida não cria sangue, não. Sem água nada vai para frente.” O desabafo é do trabalhador rural José Emídio de Souza, morador de Floresta, no Sertão de Itaparica. A cidade é cortada pelo Eixo Leste do Projeto de Integração do São Francisco (Pisf), porém “seu” Emídio – agricultor familiar, pescador artesanal e pequeno comerciante – tenta driblar como pode a maior escassez de água dos últimos 50 anos.

Ele conta que, durante o período em que não conseguia pegar peixes, recebia uma assistência de R$ 256,42 do programa estadual Chapéu de Palha. Há cinco anos sem pescar, acabou perdendo a carteira profissional, o que ainda prejudicou a contagem do tempo de trabalho para a aposentadoria. “Este ano deu uma aguinha, na altura do pé. Deu umas piabinhas, mas morreu tudo, né? Só a pessoa olhando para ver a situação na Barra do Juá”, lamentou.

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