Do portal G1
A
Polícia Federal (PF) reforçou a vigilância em aeroportos e rodoviárias
do Maranhão para capturar a prefeita de Bom Jardim (MA) Lidiane Leite
(PP), foragida desde quinta-feira (20), quando foi deflagrada a
"Operação Éden", que investiga denúncias de desvios de verbas da
educação no Município.
Luxo na internet
Lidiane se tornou prefeita aos 22 anos,
em 2012, depois que o namorado dela na época Beto Rocha, candidato a
prefeito, teve a candidatura impugnada ao ser enquadrado na Lei da Ficha
Limpa. Ela assumiu o lugar dele e foi eleita.
Depois
que assumiu o cargo, Lidiane passou a compartilhar fotos da nova rotina
nas redes sociais. Nos perfis pessoais, ela escreveu: "eu compro o que
eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem.
Beijinho no ombro pros recalcados". Em outro post, ela diz: "devia era
comprar um carro mais luxuoso pq graças a Deus o dinheiro ta sobrando".
Segundo
o delegado Ronildo Lajes, a repercussão nacional do caso acelerou a
deflagração da operação. "Mesmo sendo policiais federais, somos humanos e
estamos absolutamente indignados porque chegou ao nosso conhecimento
que as crianças estavam sendo dispensadas mais cedo das aulas por falta
de alimentação", revelou o delegado Fabrizio Garbi.
Desvios
Além
da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão
sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos
firmados com "empresas-fantasmas". Houve duas licitações para reformar
13 escolas, pelas quais a "Zabar Produções" obteve R$ 1,3 milhão e a
"Ecolimp" recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.
Em
2013, a prefeitura firmou contrato com 16 agricultores para o
fornecimento de merenda escolar nas escolas municipais, pelos quais cada
agricultor receberia em média R$ 18 mil por ano. Os agricultores
afirmaram que não receberam os pagamentos.
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